C
Tenho canções no assovio
Que juntei dos corredores
F G7
Misto de amargos e flores
Refrãos de sangas e grotas
C
Sinais de loros nas botas
G F
Riscos de espinhos e esporas
C
Ontem marcando o agora
G C
Em cada verso que brota
Final de esquila na Estância do Arbolito
F G
A trotezito larguei meu rumo na estrada
F G
Pealei uns potros lá na Estância do Açude
F C
Vim jogá um truco na venda da encruzilhada
F
Comprei uns vício no bolicho do Quintino
F# G
Por teatino me fui de trote chasqueado
Seguindo rumo chapéu com poeira na copa
C
Faturá tropa no Rodeio Colorado
( F G C )
Osvaldo Moura, João da Guarda e o Marino
F G
Tavam domando na Estância das Casuarinas
F G
Potrada linda com vigor de campo bueno
F C
Trote sereno e maçaroca nas crinas
F
O negro Cléo laçava rindo de tirão
F# G
No mangueirão que o Adão Gomes orelheava
Ciência de doma nas voltas do maneador
F C
Fibra e valor nas tropilhas que amansavam
( F C F G C )
Escola antiga do tempo do Diamantino
F G
Índio sulino com sabedoria pampa
F G
Tinha marcantes traços da gente charrua
F C
Na fronte nua livro de história na estampa
F
Xucras vivências pelos rincões do meu pago
G
Por isso trago no meu olhar de lagoa
Saudade funda nublando os rumos que tenho
C
De onde venho e a própria vida encordoa
E Am
Nesses caminhos beirando canhadas
D G
Enxergo meu tempo na sombra que faço
F C
Colhendo milongas das aves que cantam
G Gm C
E os pastos levantam depois do meu passo
F
Vive a querência no meu canto de a cavalo
Am
No jeito antigo que tenho de tempos findos
D Dm
Da gente nobre que tinha campo no rosto
D G Fm C
Da estância ao posto naqueles tempos tão lindos!!
( G C )
Composição de Cristian Camargo / Eron Vaz Mattos