Em C G D
Meia noite. Ao meu quarto me recolho
Em C G D
Meu Deus! E este morcego! E, agora, vede
Em C G D
Na bruta ardência orgânica da sede
Em C G D Em
Morde-me a goela ígneo e escaldante molho
( Em C G D )
Em C G D
(Vou mandar levantar outra parede.)
Em C G D
— Digo. Ergo-me a tremer. Fecho o ferrolho
Em C G D
E olho o teto. E vejo-o ainda, igual a um olho
Em C G D Em
Circularmente sobre a minha rede!
( Em C G D )
C D
Pego de um pau. Esforços faço. Chego
G D/F# Em Em/D
A tocá-lo. Minh’alma se concentra
C D Em Em/D
Que ventre produziu tão feio parto!
C D
A Consciência Humana é este morcego!
G D/F# Em Em/D
Por mais que a gente faça, à noite, ele entra
C D G
Imperceptivelmente em nosso quarto
( D/F# Em Em/D )
C D Em Em/D
Imperceptivelmente em nosso quarto
C D G
Imperceptivelmente em nosso quarto
( D/F# Em Em/D )
C D Em
Imperceptivelmente em nosso quarto
Composição de Augusto dos Anjos / Thiago Chakan