Am E7 Am
Não tenho pressa e nem penso em ter mais pressa
G C
Vou no meu tranco como boi na verga vai
B7 E7
Esse meu jeito meio rude falquejado
Dm Am E7 Am
Herdei da vida e um pouco de meu pai
Am E7 Am
Trago lembranças das grandes matarias
G C
Das águas puras e das sangas sossegadas
B7 E7
Dos vales férteis das serras e dos campos
Dm Am E7 Am A
Da natureza que era ainda respeitada
A
E sinto cheiro de terra após a chuva
D F#7 Bm
E tantas flores perfumando sem cobrar
C#7 F#m
Do pão de forno, do apojo e da canjica
B7 E E7
Da pitanga, da tuna e do araçá
A C#7 F#m
E há em mim uma saudade latejando
C#7 F#m
Vozes de pássaros pedindo pra cantar
C#7 F#m
Gritos de bichos, sementes pequeninas
B7 E7
A espera de que possam germinar
Am E7 Am
Hoje a ambição fez pousada à minha volta
G C
Plantou desertos em sementes traiçoeiras
B7 E7
Cria enjeitada do progresso que importamos
Dm Am E7 Am
Batendo palmas a ganâncias estrangeiras
Am E7 Am
Só temos pressa, e mais pressa pra ter pressa
G C
Receita louca que inventamos pra morrer
B7 E7
De neuroses e calmantes pesticidas
Dm Am E7 Am
Matando a vida que esta doida pra viver
Composição de Humberto Gabbi Zanatta/Joao Chagas Leite