Intro: A E D
A E
O patrão trouxe do campo meio enforcado no laço
A
E gritou lá da porteira quem é que vai por os bastos
E
Hoje quem tira uma tora nesse de cornilho gasto
A
Pode passa uma semana com as alpargatas de arrasto
Eu me agrado duma folga e me sobra valentia
E A
Fui criado campo a fora no lombo da rebeldia
D A
Já retruquei a proposta se aumenta pra uns quinze dia
E A
Monto de pala na cara, assobiando tio bilia
D
Um já garou das oreia, tão firmando a negociada
E A
Um outro arrochou um bocal, bem a moda maragata
D
E eu fui dizendo pachola, pra completar a bravata
E A
Se o patrão não leva a mal, já vou muntar de alpargata
E
Golpei uma canha branca que um gurizote alcançou
A
Quando tu quiser eu largo o patrãozinho falou
E
No pé da letre emendei, agora tu te topo
A
Sai surrando no bico como minha vó me ensinou
E
De largada um contrapasso e tava formado o surungo
A
Se fomo tipo dois loco dando volta pelo mundo
D A
Cavalo de golpe seco, que quase que me confundo
E A
Que ao invés do tio bilia, assoviei pedro raimundo
D
Logo acostumei o corpo, conforme ele corcoveava
E A
Tive sorte fui leviano naquela peleia braba
D
Por isso eu ando de folga cantando nas guitarreadas
E A
Mais um causo na minha terra, num dia de gineteada
Composição de Gilberto Porto Lamaison / Cezar Gomes / Angelo Franco