'Certa vez uma caneta foi passear lá no sertão
Encontrou com uma enxada, fazendo uma plantação.
A enxada muito humilde, foi lhe fazer saudação,
Mas a caneta soberba não quis pegar na sua mão.
E ainda por desaforo lhe passou uma repreensão.)
GD7G
Disse a caneta pra enxada não vem perto de mim, não
GD7G
Você está suja de terra, de terra suja do chão
A7DD7
Sabe com quem está falando, veja sua posição
CGD7G
E não esqueça a distância da nossa separação.
Riff 2.
D7G
Sou a caneta dourada que escreve nos tabelião
GD7G
Eu escrevo pros Governos a lei da Constituição
A7DD7
Escrevi em papel de linho, pros ricaço e pros barão
CGD7G
Só ando na mão dos mestres, dos homens de posição.
Riff 2.
D7G
A enxada respondeu: de fato eu vivo no chão,
GD7G
Pra poder dar o que comer e vestir o seu patrão
A7DD7
Eu vim no mundo primeiro quase no tempo de Adão
CGD7G
Se não fosse o meu sustento ninguém tinha instrução.
Riff 2.
D7G
Vai-te caneta orgulhosa, vergonha da geração
GD7G
A sua alta nobreza não passa de pretensão
A7DD7
Você diz que escreve tudo, tem uma coisa que não
CGD7G
É a palavra bonita que se chama.... educação!
Composição de Pedro Astenori Maragliani/Teddy Vieira Azevedo