E E7
Sexta-feira à meia-noite
A
Eu já estava deitado
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Quando escutei um barulho
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Levantei desconfiado
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Era um velho macumbeiro
E
Das bandas da Água Rasa
F# B7
Que veio fazer despacho
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No portão da minha casa
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De dentro eu assistia
A
Pela fresta da vidraça
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Tinha quatro vela acesa
B7
E um litro de cachaça
B7
Tinha uma galinha preta
E
E um sapo morto no chão
F# B7
Deste jeito ele falava
B7
Ajoelhado em meu portão
Declamado
'As corrente indiana africana do espaço
Os corredô das caatinga do norte
Há de baixá no terreiro desta casa
Pra enrroletrá a vida deste cabra
Nesta casa tudo as coisa tem que ir por água abaixo
A paz há de se transformá em desespero
O amor há de se transformá em ódio
O sorriso há de se transformá em lágrima
E a felicidade há de transformá em eterna separação'
E E7
Eu dei um pulo pra fora
A
Dei um grito no terreiro
B7
Quando cheguei no portão
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Não vi mais o macumbeiro
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Das velas fiz uma cruz
E
Queimei em cima do sapo
F# B7
Mandei a pinga pra goela
B7
E a galinha foi pro papo
E E7
Esse velho macumbeiro
A
De tudo se arrependeu
B7
O mal que ele me fez
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Ele mesmo recebeu
B7
Meu avô sempre dizia
E
Um ditado verdadeiro
F# B7
Que às vezes o feitiço
B7
Vira contra o feiticeiro
B7
Que às vezes o feitiço
E
Vira contra o feiticeiro
Composição de Marcos Atibaia / Teodoro