G D
Morreu um mulato véio
G
Com quase duzentos ano
D
Ficou a véia resmungando
G
Ali em riba da carcaça
D
Eu fui pra lá dá uma mão
G
Moiá a goela com cachaça
G D
Eu assim de pêlo liso
G
Negaciando igual raposa
D
Quando eu ando sem muié
G
Faço cosca em quarquer cosa
G D
Fincão, percebejo e purga
G
No rancho era uma tristeza
D
Não tinha banco nem mesa
G
Sentemo o morto no chão
D
Escoremo cumas pedra
G
E alumiemo com tição
G D
Eu assim de pêlo liso
G
Negaciando igual raposa
D
Quando eu ando sem muié
G
Faço cosca em quarquer cosa
G D
Fincão, percebejo e purga
G
No rancho era uma tristeza
D
Não tinha banco nem mesa
G
Sentemo o morto no chão
D
Escoremo cumas pedra
G
E alumiemo com tição
G D
Eu assim de pêlo liso
G
Negaciando igual raposa
D
Quando eu ando sem muié
G
Faço cosca em quarquer cosa
G D
Terminou o sebo do candeeiro
G
Fiquemo na escuridão
D
E eu fui assoprá o tição
G
Caí por riba do corpo
D
Peguei na perna da véia
G
Oigatê serviço porco
G D
Eu assim de pêlo liso
G
Negaciando igual raposa
D
Quando eu ando sem muié
G
Faço cosca em quarquer cosa
G D
Nisso acenderam um candeeiro
G
E eu tava desajeitado
D
Um facão enferrujado
G
Me farquejaro o ouvido
D
Cubiçar muié de morto
G
É um pecado bem comprido
G D
Eu assim de pêlo liso
G
Negaciando igual raposa
D
Quando eu ando sem muié
G
Faço cosca em quarquer cosa
G D
Eu assumi sem querê
G
A véia do falecido
D
Toma banho de vestido
G
Passa pitando e guspindo
D
De noite não deixa eu durmi
G
Passa roncando e tussindo
G D
Eu assim de pêlo liso
G
Negaciando igual raposa
D
Quando eu ando sem muié
G
Faço cosca em quarquer cosa
Tava meia estragadinha do peito a muié véia, mas o resto tava bão!
Composição de Joao Fortunato Nunes Reis