Intro: Am E7 Am
E7
As minhas mãos domadoras
Am
contemplo com certo encanto:
E7
é boa a comida que eu faço,
Am
Cresce a semente que eu planto.
E7
Não tenho serras nem armas
Am
nestas mãos simples e rudes,
Dm G C E7
Mãos de laços e de tentos
Am E7
fazem cacimbas e açudes.
A E7
Ai, vida de desencontros!
D E7
nestas mãos tão desvalidas
A E7
levo balaios de afagos,
F7 E7 Am E7 Am E7
punhados de despedidas.
Am E7
A alegria de meus dedos
Am
nunca foi contar dinheiros.
E7
Mãos de remos e de enxadas
Am
Dá gosto abrir os viveiros.
E7
Eu tenho mãos guitarreiras
Am
- um árduo ofício aprendido -
D G C
leves no tanger das cordas
E7 Am
e desabotoar os vestidos.
A E7
Ai, vida de desencontros!
D E7
nestas mãos que Deus me deu,
A E7
contemplo com certo espanto
F7 E7 Am E7 Am E7 Am
a vocação pra o adeus.
Composição de Luís Coronel