E B7
Chamarrita, chamarrita, diz pra ela que eu voltei
E
Venho com a alma empoeirada, das lonjuras que cruzei
A E
Trago os arreios judiados, e as cordas que arrebentei
B7 E
Lidando com uma potrada que pra o serviço domei
A E
Só não pude tirá as baldas, da saudade que aporriei
B7 E
Chamarrita, chamarrita, diz pra ela que eu voltei
A B7
Chamarita eu tenho pena, do meu pobre coração
E
Que é igual palanque de angico, aguentador de tirão
A E
Mas tem andado, 'flaquito', à soga com a solidão
B7 E
Jogado igual laço velho, enrrodilhado no chão
A E
Arremalhado dos pealos, mais certeiros da paixão
B7 E E7
Chamarita eu tenho pena, do meu pobre coração
A
Chamarrita, diz pra ela, que eu saltei de madrugada
E
E o dia rompeu pra mim, na volta grande da estrada
A
Eu de lenço esparramado, meu mouro de cola atada
E
Entre o assovio duma copla, um grito, forte, com a eguada
B7 E
E o sol clareando o meu mundo, no rumo da minha amada
E B7
Chamarrita, chamarrita, tô de volta diz pra ela
E
Me vejo boleando a perna, na frente do rancho dela
A E
Eu sempre fui andarilho, porque o destino atropela
B7 E
Mas agora por capricho, venho costear na cancela
A E
E me entregar ao feitiço, dos olhos da minha bela
B7 E
Chamarrita, chamarrita, tô de volta diz pra ela
E B7
Morena, me dá licença, que esta ansiedade me aflita
E
E eu arrasto as minhas esporas, se o meu instinto palpita
A E
Morena, do meu fascínio, de todas a mais bonita
B7 E
Meu tempo, minha querência, meu sorriso, morenita
A E
Graças a Deus, minha linda, tô de volta, chamarrita
B7 E E7
Graças a Deus, minha linda, tô de volta, chamarrita
A
Chamarrita, diz pra ela, que eu saltei de madrugada
E
E o dia rompeu pra mim, na volta grande da estrada
A
Eu de lenço esparramado, meu mouro de cola atada
E
Entre o assovio duma copla, um grito, forte, com a eguada
B7 E
E o sol clareando o meu mundo, no rumo da minha amada
Composição de Rogério Villagran