Em B7
Na divisa das estâncias
Em
Se encontra a peonada
C/G G
Numa manhã de verão
B7
Dum lado o negro João
Em
Qu’está curando terneiro
C/G
Do outro, o Luis e o Pinheiro
G Em
Qu’estão trocando moirão
Em B7
Comentam de reculutas
Em
De capões e vaquilhonas
C/G G
Que estão, de fato, atrasadas
B7
Não sobra tempo pra nada
Em
Logo que aperta o verão
B7
Tem banho, inseminação
C/G G
Pesos de ovelha abichada!
C/G B7
E no mais, que Deus ajude
Pois pra tudo tem remédio
Em
Na esperança dessa gente
C/G B7
Humilde, franca e valente
Em
Vão disfarçando o cansaço
B7
Com fé e força no braço
Em
Debaixo desse sol quente
E o tempo? Será que chove?
Segue a prosa costumeira
Co’as mesmas indagações
Recordam outros verões
Falam da seca, que é bruta
Falsas promessas de chuva
Contrariando as armações
Concordam em muitas coisas
Planejam festas campeiras
Na Coxilha e no Apertado
Um vai levar o gateado
Pra experimentar como sai
E pras carreira, o que hay
É o malacara e um tostado
Em B7
Aroma de pito novo
Em
Que se fechou no descanso
C/G G
Que renova e da vigor
B7
Um zaino num suador
Em
Fica pastando de freio
C/G
E na sombra um ovelheiro
G Em B7 Em
Que se esquiva do calor
Em B7
Charlando esquecem o tempo
Em
E se pudessem proseavam
C/G G
Por esta manhã inteira
B7
Do estrago da cruzeira
Em
Que matou a colorada
C/G
Ou sobre a potra bragada
G
Que corcoveou quinta-feira
C/G B7
E no mais, que Deus ajude
Pois pra tudo tem remédio
Em
Na esperança dessa gente
C/G B7
Humilde, franca e valente
Em
Vão disfarçando o cansaço
B7
Com fé e força no braço
Em
Debaixo desse sol quente
Composição de Francisco Brasil / Kiko Goulart