Intro: D A D
D
Uma vaneira da campanha ou da fronteira
A
Trás a alma galponeira de quem vive no rigor
O pouco importa se é serrana ou missioneira
D
Se levanta polvadeira nos fandangos do interior
D
Um índio velho das monhecas calejadas
A
Que recorre as invernadas sobre o pingo companheiro
Baila entretido nos encontros da patroa
D
E acha a vida muito boa vaneirando no terreiro
A
Uma bailanta sem vaneira vira em nada
G
É uma estância sem eguada meu patrão
A
É rodeio sem gineteada meu amigo
D
Gaúcho sem chimarrão
A
Mas quando salta uma vaneira da cordeona
G
A alma fica redomona meu irmão
A
E a peonada se embala e vai pra sala
D
Já começa o calorão
( D A D )
D
Molha a camisa, toma um gole e mete xixo
A
Sai igual um carrapicho caprichando na figura
Pois a vaneira tem a cisma desse assunto
D
Que levanta até defundo pra bailar da sepultura
D
Quando o gaiteiro fica besta e muda o passo
A
Faz roncar algum compasso e já acolhera nas ilheiras
Os menos brutos vão sentar acadelado
D
E o bagual mais irritado grita, toca uma vaneira
A
Uma bailanta sem vaneira vira em nada
G
É uma estância sem eguada meu patrão
A
É rodeio sem gineteada meu amigo
D
Gaúcho sem chimarrão
A
Mas quando salta uma vaneira da cordeona
G
A alma fica redomona meu irmão
A
E a peonada se embala e vai pra sala
D
Já começa o calorão
Composição de Humberto Frizzo