Am
O patrão, ontem, vendeu a velha estância
A7 Dm
E os sonhos que eram meus, foram também
G7 C
Léguas e léguas de silêncios e de campo
F E7 Am
Que eu, há tempos, conhecia muito bem
Am
Cavalos mansos, gado bueno e as ovelhas
A7 Dm
Campo e mio-mio, várzea e açude, tudo enfim
G7 C
E tudo aquilo que era a vida que eu não tive
F E7 Am
Mas era parte essencial por ser de mim!
E Am
Um arreio já surrado, a velha gaita
E Am A7
Poncho nos ombros e um chapéu
Dm G7 C F
Um jeito de quem tá indo, sem ter data pra voltar
Dm E7 Am A7
Sem saber que pra sonhar não adianta olhar pro céu!
Refrão
Am G7 C
Vai uma saudade e mais nada
F E7
Uma esperança emalada
Am A7
Quando um gaúcho pega a estrada!
Am
Os apartes de mangueira e minhas tropeadas
A7 Dm
E os setembros que floriram as maçanilhas
G7 C
O galpão das desencilhas e dos meus mates
F E7 Am
E a tapera que era parte da coxilha
Am
O patrão vendeu a estância como era
A7 Dm
Com um cadeado na porteira da entrada
G7 C
E os meus sonhos pelo meio e dor pra sempre
F E7 Am
Que largou, junto, de tiro pela estrada!
E Am
Uma mala de garupa, 'uns pila' curto
E Am
Uma baia e um gateado no buçal
Dm G7 C F
Um jeito de quem tá indo sem saber pra onde ir
Dm E7 Am A7
Sem entender que partir também faz parte da vida
Composição de Gujo Teixeira / Mauro Moraes