Em Em
Será que a poesia agoniza Ou a gente é que caduca
Bm Bm
E ostenta a carapaça dura E anda pelo mundo feito múmia
C B7 Em
Alegando total falta de tempo Pra olhar atento o nosso entorno
Em Em
Será que nosso máximo é o morno? Já que nos falta leito pro repouso
Bm Bm
E tudo tente a se tornar mais torto Se a vida te aniquila com um sopro
C B7 Em
E o peito muitas vezes é o escudo Que pouco aguenta esse peso bruto
Am Em C
Por isso faço poesia de pílula Posologia contínua, dose diária
B7
Aquela pra esfregar na minha cara Ao menos de oito em oito horas
Am Em
Por isso tem poesia nas bordas das fitas Que fixam meus cartazes
C B7
Por isso tem poesia na cola Que esfola a parede e lhe tira tinta
C B7 Em D
Por isso não há nada que me afaste Iô, iô, iô, iô
Em Bm
Por isso ressuscito vivos E faço baterem as asas
C B7 Em
E ergo qualquer morada Com um simples ato de poesia
C B7 Em C B7 Em
Com um simples ato de poesia Com um simples ato de poesia
Composição de Alan Salgueiro / Marcelo Bizar