E
Transportei - me ao tempo largo dos tribais e tolderias
F# B7
Poder que tem a poesia de ir onde a alma implora
E A
Alma que vem e que chora com saudade do seu tempo
B7 E
É a mesma alma do vento, que nunca sabe onde mora...
E
Desencilhar - tempo novo é acordar primavera
F# B7
Ressuscitar as taperas quinchadas pela existência...
E A
É despertar muita ausência e andar sovando badana
B7 E E7
Numa milonga pampeana, saber a voz da querência
A E
Veja a luz da minha estrada refletir na estrela antiga
A E
Do meu picaço que abriga florão de lua na fronte
F# G#m
E sabe dos meus repontes por andar há muito tempo
F# B7 E
Seguindo o rumo do vento que sopra os meus horizontes
E
E aqui estou - tempo velho- cruzando o portal da vida...
F# B7
Quem sonha buscar guarida sabe os motivos que imploro
E A
Sabe dos versos que choro com saudade do meu tempo
B7 E
Por ter a alma do vento também não sei onde moro...
E
Porém eu sei dos andantes, suas almas e seus medos
F# B7
Das lágrimas e segredos que habitam as madrugadas
E A
Porque a vida é uma estrada, passo -a - passo pelo vento
B7 E E7
Onde só a mão do tempo sabe o fim da caminhada
Ref.
Composição de Lisandro Amaral