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Eu sou um caipira do mato, sou caboclo nato e nao nego a raiz.
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Tenho a pele queimada, essência entranhada da flor no nariz
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Chapéu de palha e botina, luta matutina que me faz feliz
D A E7 A
Não sou homem de gravata, meu rancho de taipa eu mesmo é que fiz
A E7
O galo canta eu levanto sempre me encanto com o serração
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Também contemplo as rolinhas que pousam e caminham la no mangueirao
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Os canarinhos cantando, sanhaço bicando a polpa do mamão
D A E7 A
Jogo milhos pras galinhas, o sol suga as gotinhas de orvalho no chão.
A E7
Sinto uma satisfação quando a criação termino de tratar
A
Chego no rancho e a mulher me serve um café com bolo de fubá
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Faço um cigarro de palha e vou a batalha outro dia enfrentar
D A E7 A
Passo e levo da mina pura e cristalina a água pra tomar
A E7
Bem lá no alto da serra no ventre da terra semeio a semente
A
Rego com muito suor com fe e amor eu espero paciente
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E o centeio do pão nasce vinde o botão pra dar fruto pra gente
D A E7 A
A tarde volto a palhoça quando o sol na roça se vai no poente
A E7
Me banho no ribeirão depois tomo um pingão na hora do jantar
A
Sento no banco la fora e ali fico horas a admirar
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O céu com suas centelhas e vendo as estrelas mudar de lugar
D A E7 A
Vejo na lua seu lume com os vagalumes no escuro a brilhar
A E7
Esse meu reino encantado foi abençoado por Nosso Senhor
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Graças a mãe natureza fartura na mesa tem o lavrador
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Eu sou um caboclo rude mas tenho saúde a paz e o amor
D A E7 A
Se existe a felicidade naseu na verdade no interior (2x)
Composição de Antonio Pereira Santana/Edilson Miranda Faria/Valdemiro Neres Ferreira