D A
Meu povão já está sabendo que eu sou grosso sem estudo
D A D
E fui muito criticado quando gravei o cuiudo -
A D
Os puritanos do Rio Grande ficaram até carrancudo
A D
Mais no meu bolso eu botei um troco lindo e graúdo
A
Deu pra comprar um puro sangue com jockei, cocheira e tudo
D G
E a pão-de-ló é tratado
A D
E por mim foi batizado de vermelho cabeçudo
A
E quem montar no meu cavalo
D
Morre velho, não esquece
A
E é só enxergar mulher
D
Que o lombo do bicho endurece!
( D A G A D )
D A D
Com uma prenda na garupa ele sai troteando miúdo
A D
Fica lerdo e desconfiado quando monta um cabeludo
D A
Até fala relinchando, não estorvo, nem te ajudo
D A
E a eguada se apaixona da estampa do cruniúdo
D A
Quando passa pela rua mulherada param tudo
G
E uma magrinha de moto
A D
Pediu pra tirar uma foto no lombo do cabeçudo
( D A G A D )
D A D
Eu fui correr uma carreira comum fazendeiro papudo
A D
E eu tinha um tordilho negro por apelido pacudo
A D
Rachei a cancha no meio e o velho ficou bicudo
A
Já quis comprar meu vermelho, me chamando de sortudo
D A
Quando eu vi entrou uns magrinhos parecido com os menudo
D G
E um nativista de brinco
A
Ele e mais uns quatro ou cinco pra ginetear o cabeçudo
( D A G A D )
D A D
Pra gente vencer na vida tem que ser meio carudo
A D
Logo que eu vim da campanha me chamavam de bacudo
A
Mais eu fui ficando esperto com promessas não em iludo
D A
E esses dia eu vi um malandro levar uns quarenta cascudo
D A D
Da sua própria mulher que lhe chamava de chifrudo
G
Disse: - caco, tu me solta
A D
Por que eu quero dar uma volta no lombo do cabeçudo
Final D A G A D
Composição de Francisco Vargas