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Depois de três anos que eram casados
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Nasceu um filhinho que tanto sonharam
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Por mais alguns tempos viveram felizes
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Depois cruelmente os dois se apartaram
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Ele foi embora para bem distante
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E não mais souberam do seu paradeiro
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Ela ficou so com o filhinho
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Chorando a saudade do seu companheiro
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Um dia, porém já muito cansada
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Do triste martírio que ela sofria
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Por falsa ilusão deixou de ser nobre
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Passou a viver só na boemia
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Num triste abandono ficou o menino
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Longe dos seus braços sem os seus carinhos
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Enquanto seus pais seguiram outro rumo
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Ele foi crescendo só em maus caminhos
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E foi numa noite quando o trem noturno
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Fez a parada naquela estação
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Um passageiro sacou de uma arma
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E sem piedade matou um ladrão
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Entre a multidão que ali se juntou
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Ela foi também pra ver o ocorrido
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E com grande espanto sem vida encontrou
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Na plataforma seu filho caído
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Tal qual uma louca chorando e gritando
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Voltou os seus olhos ao criminoso
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E neste momento reconheceu
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Que aquele homem era o seu esposo
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Assim é o capricho da vida enganosa
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Que o destino exibe em cenas reais
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Crianças que crescem desamparadas
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Pagam os erros que devem seus pais
Composição de Junqueira