Gm D7
A Brisa que abana o pala é aquela mesma
Gm
Que foi repontar aguadas no chovedor
D7
Meu zaino apura o passo rumando ao rancho
Gm
Na ânsia de quem retorna pra o seu amor
Cm
Não sabe que minha querência está vazia
F Bb
Que não apeio no campo pra levar flor
Gm D7
Que a espera do mate pronto e o beijo doce
Gm
É muito pra lida rude de um domador
Cm
(Por isso é que saio a esmo taureando o frio
D7 Gm
Levando o meu carinho pra estas paisanas
Cm Gm
E mesmo sempre rodeado nos rancherios
F D7 Gm
Eu lembro dos verdes olhos da minha serrana)
Gm D7
As coplas que vou cantando no corredor
Gm
Emponcham velhos recuerdos de um tempo lindo
D7
Depois de levar uns grampos pro alambrador
Gm
Me vou preparar as pilchas pra este domingo
Cm
Meu Deus como fica triste esse tal outono
F Bb
Quando a gente repara que está solito
Gm D7
As noite ficam compridas pra pouco sono
Gm
E o dia vem carregando no seu tranquito
Gm D7
Eu hoje estava pensando em dar um rumo
Gm
Na função de quebrar queicho a vida inteira
D7
Talvez eu arrume uns pilas sem me judiar
Gm
Chibiando pela barrancas lá da fronteira
Cm
Qual nada pois eu nasci pra ventania
F Bb
Vou morrer dobrando as copas dos pinherais
Gm D7
E se hoje minha querência está vazia
Gm
Quem sabe daqui a pouquito não esteja mais
Composição de João Sartune / Léo Ribeiro