INTRO: Bb F C7 F C7
F
Olha lá o meu pai com as mãos calejadas perdendo o seu resto
C7 Bb
de vida no cabo da enxada, eu não queria que fosse assim pra
C7 F C7
mim seria tudo diferente queria ter meu pai na cidade morando
F C7
alegre junto da gente de que vale ter diploma ter conforto,
F C7 Bb F
ter de tudo se não posso ter em casa ele que me pôs no mundo?
C7 F
Estudei por tantos anos para tira-lo daqui meu esforço foi em
C7 F C7 F
vão por que ele não quer ir quando é de manhãzinha e o dia
C7
vem chegando ele escuta seu despertador no puleiro cantando
Bb C7
ele chama seu melhor amigo que vai latindo e correndo na
frente e vem pro trabalho pesado aqui debaixo desse sol
F C7 F
ardente nesse carro me vejo bem vestido e perfumado sofro
C7 Bb F C7
tanto vendo ele de suor todo molhado olha a condução do velho
F C7
numa corda amarrada olha a geladeira dele lá na sombra
F C7 F
encostada quando é de tardezinha vai pra sua casinha comer
C7 Bb
seu feijão com arroz feito num fogão a lenha e na sua poltrona
C7 F C7
de angico ele vai sentar comovido e na tela maior do mundo ele
F C7
contempla seu filme preferido na televisão do velho não tem
F C7 Bb
filme de bandidos não tem filmes policiais e nem filmes
F C7 F
proibidos no canal do infinito sua TV é ligada só aparece as
C7 F C7 F
estrelas e a lua prateada olha lá o meu pai
Composição de Vicente Costa, Cleide Costa