Intro
Am
Foi Cunhã que me viu lá na beira
C Am
Foi Cunhã a que me fez boiar
C Am
Foi Cunhã na manhã derradeira
C G Am
Cunhatã a que me fez voltar
F
Arrepio no meião do rio
Dm
Arrebol fez rajada no ar
Am Dm
Ela passa, eu desconfio
C
Que o mundo está quase a tornar
F
De ponta à cabeça, desvario
B E Am
À caminho de acabar
( C Am C Em )
Am
Foi Cunhã, vi descer a ladeira
C A D
Foi Cunhã, para a beira lavar
Am
Desconjuro no fundo do furo
C
Desnorteio buscando o luar
A# Am
Desgraçada aventureira
E Am
Que me veio amaldiçoar
G F
Não troço mais graça alvissareira
E Am
Nem vou mais malinar
C Am E C
Am C
Foi Cunhã, no alto da ribanceira
Am
Foi Cunhã, meu caminho cruzar
C
Foi Cunhã, feito flecha certeira
F
Cunhatã nunca mais vou tocar
F
Fez feitiço pra me dar sumiço
Am
Arapuca pra quando eu passar
C
Eu pra sempre serei bicho
D Em
Não posso mais gente virar
F
Caminho de boto é descaminho
Dm Em Am
Nas águas do andirá
Am G Am
Noite de maré cheia
E Am
De estrela a nos alumiar
G F
Toda gente se arrodeia
Dm Am
Querendo engerado me olhar
G Am
Não faço nem mal a ninguém
E
Não tem mais quem queira me amar
Am G
Não troço mais graça alvissareira
Am Em Dm Am
Nem vou mais malinar
Am Em Am
Foi Cunhã, minha alma festeira
Foi Cunhã, mau-olhado lançar
Foi Cunhã, feito cobra rasteira
Cunhatã quis me escurraçar
F Am
Meia-noite no breu um açoite
D
Lua cheia que deus fez sumir
C D
Serpenteia, rara noite
Em
À modo de me redimir
F Dm
Ó minha mãe-dágua milagreira
E Am
Me faça guerreiro resistir
G#
À vingança de Cunhã,
Am Bm
Que prometo nunca procurei,
Am
Feito cego frente ao sol
Sou peixe no seu anzol
Mas eu mesmo me pesquei
F E
Quando dei confiança pra Cunhã
C Am
Inventei um fim pra mim
Composição de Frederico Demarca / Thiago Thiago de Mello