A E
O poema vem do céu, a viola da oficina
A
O primeiro cantador nasceu na corte divina
D A
Por isso que os acordes da viola me fascina
E A
Quando o tédio me rodeia que a solidão aproxima
D E A
A cantiga me consola devia ensinar viola na escola de medicina
A E
A escritura dá sentido, que é a origem do brasão
A
Da viola sertaneja, mãe da nossa tradição
D A
Registrou sua patente no templo de Salomão
E A
Quando o rei Davi cantou os salmos da Salvação
D E A
Hoje a viola Brasil retratando seu perfil da raiz do meu sertão
A E
Quem canta só por cantar não sabe o gosto que tem
A
No tom do pinho que vai e no aplauso que vem
D A
A taça da cantoria e papas do lá do alem
E A
Enquanto vida eu tiver vou cantar como ninguém
D E
Cantar pro povão ouvir tocar porque rei Davi
A
Foi violeiro também
A E
Moda que tem sentimento fica no degrau da glória
A
Fica permanentemente dentro da nossa memória
D A
Quando o poeta faz rima me lembra o verde da flora
E A
É igual lodo na pedra fica velho e não descola
D E
Por isso canto raiz pra defender meu país
A
Da rima que vem de fora
E A
Pra defender meu país da rima que vem de fora
Composição de José Calixto Rodrigues / Marcos Violeiro