F C
Antes que o primeiro galo
F
Cante no angico do oitão
C
Bombeio um sangradorzito
F
Pingar graxa no tição
C
Dou de mão numa oito soco
F
E enquanto o sol não levanta
C
Um lote de marca antiga
F
Relincha na m’ia garganta
'Maula que se escarrapacha
Corcoveando campo fora
Eu faço trocar de ponta
E depois levanto na espora'
F C
Pra defender um parceiro
F
Dobrei muito touro a pealo
C
E pra honrar o nome que tenho
F
Eu nunca maltratei cavalo
C
Caso cruze num ranchito
F
Onde tem gaita se guasqueando
C
Fico igual bagual na estaca
F
Que passa a noite arrodeando
C
Fiz do cavalo meu trono
F
De templo ergui este galpão
C
De hóstia fiz esta cuia
F
Correndo de mão em mão
G
Em cada manhã campeira
C
Levanto e beijo este chão
A# F
Peço licença pra Deus
C F
Abro a gaita de botão
C
E boto pra fora o Rio Grande
F
Que eu tenho no coração
C
E boto pra fora o Rio Grande
F
Que eu tenho no coração
F C
Uso um tirador comprido
F
E um lenção velho pacholento
C
Igual bandeira farrapa
F
Se manoteando no vento
C
Se for preciso peleio
F
Também meu sangue derramo
C
Pela honra e a liberdade
F
Desta querência que eu amo
'Eu sou um índio desta terra
E ainda não nasceu quem mande
Na alma do povo gaúcho
E no coração do Rio Grande'
F C
Quando Deus pai me chamar
F
Pra peão da estância divina
C
Me vou de chapéu tapeado
F
Levando junto uma China
C
Coa chinoca na garupa
F
Vou entrar no céu azul
C
Num bagual delgado e lindo
F
Igual o Rio Grande do Sul
C
Fiz do cavalo meu trono
F
De templo ergui este galpão
C
De hóstia fiz esta cuia
F
Correndo de mão em mão
G
Em cada manhã campeira
C
Levanto e beijo este chão
A# F
Peço licença pra Deus
C F
Abro a gaita de botão
C
E boto pra fora o Rio Grande
F
Que eu tenho no coração
C
E boto pra fora o Rio Grande
F
Que eu tenho no coração
Composição de João Sampaio / Jorge Guedes